Tipos de Missa
A missa pode ser celebrada com diversas intenções:
Missa em Ação de graças
O devoto solicita ao sacerdote que seja celebrada uma Missa por uma graça alcançada.
Missa de defuntos
Também chamada missa de Réquiem. O celebrante roga a Deus pela alma daquele que faleceu. Muitas vezes é celebrada em datas determinadas, tais como, no momento do funeral (Exéquias ou Missa de corpo presente), no sétimo dia, no trigésimo dia e no aniversário da morte.
A Missa também pode ser qualificada conforme as circunstâncias da sua celebração:
Missa campal
A Missa celebrada em grandes áreas abertas para concentração de grandes multidões.
Missa solene
Nome geralmente dado à missa celebrada por vários ministros, com maior duração e solenidade, por ocasião dalguma festa ou ocasião especial.
Missa pontifical
É a missa solene presidida pelo Bispo na catedral ou em outra igreja importante, com a participação de presbítero, diácono e outros fiéis.
Celebração da Santa Missa
Ritos Iniciais:
Reunida a assembléia que vai participar na missa, o presidente da celebração (um presbítero ou um bispo) dirige-se para o presbitério com os outros ministros e acólitos. Saúda o altar com a vénia, inicia a missa com o Sinal da Cruz e saúda a todos os presentes.
Segue-se o ato penitencial, em que todos os participantes pedem a Deus o perdão por seus pecados, para melhor celebrarem a Eucaristia. Para isso, utiliza-se a Confissão ou outro texto. Segue-se o Senhor tende piedade, Cristo tende piedade, senhor tende piedade, ou na forma solene o Kirie Eleison, tríplice invocação a Cristo.
Nos domingos (exceto no Advento e na Quaresma), solenidades e festas, reza-se ou canta-se o Hino de Louvor (Glória a Deus nas Alturas).
Por fim, o presidente convida todos à oração dizendo Oremos e diz a oração coleta.
Liturgia da Palavra:
A Liturgia da Palavra centra-se na proclamação, escuta e meditação da Palavra de Deus contida na Bíblia.
Apresenta a seguinte estrutura, nos domingos e nas solenidades:
- Primeira Leitura - Leitura do Antigo Testamento (no Tempo Pascal, dos Atos dos Apóstulos).
- Salmo Responsorial, versículos de um Salmo intercalados por um refrão, dito por todos.
- Segunda Leitura - Leitura do Novo Testamento.
- Aclamação ao Evangelho: Aleluia (3x) (ou outro texto, na Quaresma).
- Leitura do Evangelho.
- Homilia, feita pelo presidente da celebração.
- Profissão de fé (recitando o Credo)
- Oração dos Fiéis, também chamada Oração universal ou Preces dos Irmãos.
Nos outros dias que não Domingos e solenidades, fazem-se apenas duas leituras, uma do Antigo ou do Novo Testamento e uma do Evangelho. A Homilia é opcional, assim como a Oração dos fiéis, e geralmente não se faz a Profissão de Fé.
O lugar próprio de proclamação das Leituras, do Salmo responsorial e da Oração dos fiéis é o ambão. As leituras são proclamadas por um leitor, exceto o Evangelho, que é pelo presbítero ou, na sua falta, por um diácono.
Liturgia Eucarística:
É a parte mais importante da Missa, pois contém a sua parte central, a Consagração (oferta e Comunhão do Pão e do Vinho). Onde o pão e vinho, segundo a fé católica, se tornam o Corpo e Sangue de Jesus Cristo.
Após a Oração dos fiéis, são trazidos ao altar o Pão e o Vinho, podendo ser também trazidas ofertas para a Igreja ou para os necessitados.
Tomando o pão e depois o vinho, o presidente da celebração apresenta-os a Deus, dando graças por esses dons. Pede a Deus a purificação, pelo ato simbólico de lavar as mãos. Por fim, pede a oração de todos para a ação que se vai seguir e proclama a Oração sobre as Oblatas ou Oferendas.
O sacerdote então diz então o Prefácio, que começa com um diálogo entre o presidente e a assembléia. Segue-se o texto do prefácio, variável, que é uma oração de Ação de Graças, terminando com a aclamação do Santo, ou na forma solene o Sanctus, cantada ou proclamada por todos.
Oração Eucarística:
Segue-se a parte central da Missa, a Oração Eucarística, também chamada Cânon ou Anáfora. Em todos os ritos há diversos textos aprovados para este momento.
Após umas palavras de ligação mais ou menos longas (chamadas Post Sanctus ou Vere Sanctus), o sacerdote invoca o Espírito Santo sobre o Pão e o Vinho, pedindo que Ele o transforme no Corpo e Sangue de Cristo, momento conhecido por Epiclese ou Transsubstanciação.
É então o momento da Consagração, em que o sacerdote reproduz as palavras e os gestos de Jesus na Última Ceia. Segundo a fé da Igreja, neste momento Cristo torna-se realmente presente no Pão e no Vinho. O sacerdote eleva cada um dos dons para adoração dos fiéis, adora ele mesmo e no fim todos aclamam.
Segue-se a Anamnese, memória dos acontecimentos da Salvação (nomeadamente a Paixão, Morte, Ressurreição e Glorificação de Cristo) e a Oblação, oferta do Corpo e Sangue de Cristo como sacrifício de Salvação, à semelhança do sacrifício da Cruz.
Após diversas intercessões pela Igreja (pedindo também pelo Papa, pelo Bispo local e por todos os que a servem), pelos defuntos e pelos vivos, fazendo ainda memória da Virgem Maria, dos Apóstolos e dos Santos, a Oração Eucarística termina dando glória a Deus, através da chamada Doxologia final.
Estes elementos estão presentes em todos os textos da Oração Eucarística, podendo a sua organização e estrutura mudar apenas conforme o texto empregado.
Rito da Comunhão:
O sacerdote introduz o Pai Nosso, que todos rezam em conjunto. O sacerdote continua com o chamado embolismo e todos concluem.
Segue-se a oração pela Paz, o sacerdote deseja a paz a todos os presentes e, se as circunstâncias o aconselharem, os participantes trocam entre si o gesto da paz.
O sacerdote parte o pão consagrado, enquanto os fiéis cantam ou recitam o Cordeiro de Deus, ou na forma extraordinária Agnus Dei. Por fim, tomando o Pão e o Vinho, apresenta-os aos fiéis, e todos confessam a sua predisposição para o pecado, mas igualmente a confiança na Misericórdia de Deus.
O sacerdote toma então o Pão consagrado e o Cálice, e distribui-os de seguida aos presentes, podendo para isso ser ajudado por um presbítero ou diácono, ou quando necessário, por um leigo para isso habilitado.
Os fiéis comungam da Hóstia Consagrada ou, se o momento for propício, da Hóstia e do Cálice.
Quando todos tiverem comungado, os objetos utilizados são limpos e arrumados. Neste momento o coral e a assembléia fica em um tempo de silêncio em Ação de graças.
O Rito da Comunhão é concluido com a oração depois da Comunhão.
Ritos finais:
Seguem-se, se for necessário, avisos aos fiéis.
Por fim, o presidente da celebração invoca sobre todos a bênção de Deus e o diácono, ou na sua falta o próprio presidente, despede a assembléia.
Fonte: Wiki Canção Nova
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