quarta-feira, 11 de maio de 2011

MAIO, MÊS DE MARIA

Neste mês de maio temos a graça de comemorar a aparição de Nossa Senhora na pequena aldeia de Fátima e lembrarmos o conteúdo de Sua mensagem, que ainda hoje, possui força entre seus filhos.

No dia 5 de maio de 1917, durante a primeira guerra mundial, o Papa Bento XV convidou aos Católicos do mundo inteiro para se unirem em uma cruzada de orações para obter a paz, com a Intercessão de Nossa Senhora. Oito dias depois a Santíssima Virgem dava aos homens a Sua resposta, aparecendo aos 13 de maio a três pastorinhos portugueses, Lúcia de Jesus dos Santos (de 10 anos), Francisco Marto (de 9 anos) e Jacinta Marto (de 7 anos), quando apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Aljustel, Portugal.

Por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, as crianças teriam visto uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo depois, outro clarão teria iluminado o espaço. Nessa altura, viram em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol". A senhora disse às três crianças que era necessário rezar muito e que aprendessem a ler; Convidou-as a voltarem ao mesmo sítio no dia 13 dos próximos cinco meses. Lúcia recomendou aos priminhos para não contarem nada em casa. Mas, Jacinta não soube guardar o segredo e no dia 13 de junho, os três pastorinhos não estavam mais sozinhos no encontro.

As três crianças assistiram a outras aparições no mesmo local em 13 de junho, 13 de julho, 13 de setembro e 13 de outubro. No dia 13 de julho Lúcia hesitou em ir ao encontro, porque os pais a haviam maltratado, mas depois se deixou convencer por Jacinta e foi. Precisamente, durante a terceira aparição, Nossa Senhora prometeu um milagre para que o povo acreditasse na história das três crianças. Em agosto, a aparição ocorreu no dia 19, no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque as crianças tinham sido levadas para Vila Nova de Ourém pelo administrador do Concelho no dia 13 de agosto, e mantidas em cárcere.

Aos 13 de outubro, último encontro, cerca de oitenta mil pessoas lotaram o lugar das aparições e foram testemunhas do milagre anunciado: o sol parecia se mover temeroso, como se estivesse para destacar-se do firmamento, crescendo entre as chamas multicores. Nossa Senhora, em momentos sucessivos, ia aumentando os prodígios para persuadir da sua mensagem, para dar a sua resposta que empenha todos os cristãos: "Rezem o terço todos dias; rezem muito e façam sacrifícios pelos pobres pecadores; são muitos os que vão para o inferno por não haver quem se preocupe em rezar e fazer sacrifícios por eles... A guerra logo vai acabar, mas se não pararem de ofender ao Senhor, não passará muito tempo para vir outra pior. Abandonem o pecado de suas próprias vidas e procurem eliminá-lo da vida dos outros, colaborando com a Redenção do Salvador."

Posteriormente, sendo Lúcia religiosa doroteia, Nossa Senhora ter-lhe-á aparecido novamente em Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13 para 14 de Junho de 1929, no Convento de Tui), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração.

Ao constatar-se o fato da segunda guerra mundial, os cristãos lembraram-se da mensagem de Fátima. Em 1946, na presença do Cardeal legado, no meio de uma multidão de oitocentas mil pessoas, houve a coroação da estátua de Nossa Senhora de Fátima. Em 1951, Pio XII estabeleceu que o encerramento do Ano Santo fosse celebrado no santuário de Fátima.

Expressão do Coração Imaculado de Maria que no fim irá triunfar é a jaculatória ensinada por Lúcia:
"Ó Meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do Inferno, levai as almas todas para o Céu; socorrei principalmente as que mais precisarem!"

Anos mais tarde, nas suas Memórias, Lúcia contou ainda que, entre abril e outubro de 1916, teria já aparecido um anjo aos três pastorinhos, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da casa de Lúcia, convidando-os à oração e penitência, e afirmando ser o "Ano de Portugal".

Este anjo ensinou aos pastorinhos duas orações, conhecidas por Orações do Anjo, que entraram na piedade popular e são utilizadas sobretudo na adoração eucarística.

Segundo a Irmã Lúcia, no seu último livro publicado em 2006, toda a mensagem subjacente às aparições de Nossa Senhora de Fátima é o seguinte: (síntese)

"No decorrer de toda a Mensagem, a começar pelas aparições do Anjo, encontramos um apelo à oração e ao sacrifício oferecido a Deus por amor e conversão dos pecadores. (...), este apelo é como que a norma básica de toda a Mensagem, que começa por introduzir-nos num plano de fé, esperança e amor: "Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-vos". É aqui que assenta a base fundamental de toda a nossa vida sobrenatural: viver de fé, viver de esperança, viver de amor."

Nossa Senhora de Fátima,

rogai por nós!

Fonte: Wikipedia, CNBB Oeste 2