sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A VOZ DO PASTOR

Já em 1982, Dom Carlos Navarro assinava em um livro sua posição, em apoio a que os royalties do petróleo beneficiassem em primeiro lugar, aos estados produtores. A Constituição de 1988, aplicando o princípio de subsidiariedade, incluiu os Municípios no repasse e na distribuição. O que justifica esta defesa é a consideração que os royalties são verba indenizatória e não renda, são atribuídos a quem sofre os impactos sociais, ambientais e culturais da produção de petróleo, aplicando-se um critério de justiça social, em razão dos danos e prejuízos que devem ser equacionados e reequilibrados. Ainda há de pensar-se numa perspectiva futura que exige a aplicação do princípio de justiça intergeneracional, isto é, que a verba indenizatória possa preparar as gerações vindouras para a eventual extinção da economia do petróleo. Por isso, os royalties devem ser investidos num desenvolvimento integral, solidário e sustentável, que direcione os recursos para a construção da infraestrutura e políticas públicas estruturantes. Seria contrário ao bem comum, desviar essas verbas para medidas paliativas ou imediatistas. A luta do Município de Campos e outros da OMPETRO é portanto, justa e digna de apoio pois a perda dos royalties inviabiliza um processo de planejamento urbano, de atendimento as demandas sociais e de mitigação prudencial dos impactos ambientais. É necessário no entanto, não só manter a unidade mas com a participação popular e a mobilização cidadã, fortalecer a sociedade civil para também nesta questão, aumentar a transparência e o controle social na aplicação e investimento dos royalties pois, não adianta só tê-los, como de fato acontece durante duas décadas, mas de administrá-los com eficiência e com visão de estadista. Que a justiça e o bem comum vençam. Deus seja louvado!

+Dom Roberto Francisco Ferreria Paz

Bispo Diocesano de Campos Campos dos Goytacazes

23 de Setembro de 2011

OUTUBRO O MÊS DAS MISSÕES
30/09/2011

Dentro dos meses chamados temáticos a CNBB propõe, já desde muitos anos atrás, que Outubro seja o mês que focaliza avivar o espírito missionário nas comunidades eclesiais. O documento de Aparecida nos comprometeu com a realização da missão continental, considerado como um grande mutirão de evangelização a ser realizado em toda a América Latina e o Caribe, com visita às famílias levando a famosa capelinha ou tríplico de Aparecida, com gestos proféticos em torno a terra, o ambiente, os grupos indígenas e afro-hacrilusos e, a acolhida aos imigrantes. Aparecida teve como eixo a formação do cristão como discípulo missionário, que tendo a Palavra e a Eucaristia como alimento, deveria colocar as paróquias e comunidades em estado permanente de missão. Missão não só pensando em termos geográficos ou religiosos (ad gentes=terra de não batizados), mas incluindo as culturas, os setores populacionais e os grupos de influência. O cristão é convidado a preencher e evangelizar os “novos areópagos”, espaços como: a universidade, a comunicação, a política, a saúde, o trabalho, onde se verificam mentalidades contrárias aos valores cristãos e a própria vida. É importante que cada Paróquia tenha seu COMIPA (Conselho de Missão Paroquial), para articular e avivar o anúncio missionário e as visitas às famílias, tornando-se uma comunidade viva, irradiadora e apostólica. A missão hoje, deve levar em conta o diálogo e a inculturação partindo das demandas religiosas e a sede de absoluto das novas gerações. Incursionando também, pelas infovias da Internet acessando redes e comunidades virtuais, atraindo-as para Cristo. A missão deve suscitar em todos os ambientes e lugares, uma Nova Evangelização propositiva e fascinante, pois Cristo sempre será a pérola de infinito valor, o caminho da verdadeira felicidade e plenitude. Missão dirigida a todas as criaturas, salvando a terra do consumo predatório e inconsequente, Missão que protege e cuida da vida em todas suas dimensões. Deus seja louvado!

+Dom Roberto Francisco Ferreria Paz

Bispo Diocesano de Campos Campos dos Goytacazes

29 de Setembro de 2011.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS

Teresa de Lisieux, nascida Marie Françoise Thérèse Martin (Maria Francisca Teresa Martin)(Alençon, França, 02 de janeiro de 1873 - Lisieux, França, a 30 de setembro de 1897), filha de Louis Martin e Zélie Guérin, era a mais jovem de nove irmãos, nasceu muito franzina e doente, desde o nascimento, exigia muitos cuidados. Aos dois anos de idade, Teresa já pretendia seguir a vida religiosa. Sua mãe morreu quando ela tinha 4 anos e a família mudou-se para Lisieux onde Teresa adotou sua irmã como sua segunda mãe.

Pais de Teresa

Teresa aos 3 anos de idade


Quase ao completar quatorze anos, no Natal de 1886, Teresa passa por uma experiência que chamou de "Noite da minha conversão". Ao voltar da missa e procurar seus presentes, percebe que seu pai se aborrece por ela apresentar comportamento infantil. A menina decide então a renunciar a infância e toma o acontecido como um sinal inspirador de força e coragem para o porvir.



Teresa e sua irmã mais velha


Teresa aos 13 anos de idade


Quando as suas duas irmãs se tornaram Carmelitas enclausuradas Teresa pediu para ser aceita em Carmel, na Ordem das Carmelitas Descalças, mas foi negado porque tinha apenas 15 anos.orça e coragem para o porvir.mais velha Pauline como sua “segunda mãe”.

Como a pouca idade a impede, é levada por familiares, em novembro de 1887, para uma audiência com o Papa Leão XIII, em Roma, para pedir a exceção, ao encontrar o Papa em lágrimas ajoelhando-se aos pés do Pontífice pediu de uma maneira tão linda que o Papa deu ordem para que ela fosse aceita e assim ela entrou para a ordem. Em abril do ano seguinte é finalmente aceita. Concedida a autorização ingressou em 09 de abril de 1888 e tomou o nome deThérèse de l'Enfant Jesus.


Teresa segurando o quadro do Menino Jesus e da Santa Face


Fez sua profissão religiosa, em 08 de setembro de 1890, e tomou o nome de Thérèse de l'Enfant Jesus et de la Sainte Face (Teresa do Menino Jesus e da Santa Face), mas ficou conhecida após sua morte como Thérèse de Lisieux.

Ela serviu por um tempo como noviça serviçal de uma irmã que tinha tuberculoses até a mesma morrer e da qual contraiu a doença. Às vezes tinha crises que chegava vomitar sangue numa doença na época incurável, mas ela a tudo encarava como dádiva de Cristo e com uma, as vezes, inexplicável alegria. Já atingida pela tuberculose, debilitada nas forças, não rejeitava trabalho algum e continuava a “jogar para Jesus flores de pequenos sacrifícios”.


Teresa aparece ao centro segurando uma enxada

Teresa aparece a direita junto ao cálice e cibório

Teresinha nos seus sonhos, convivia com um Jesus alegre e também jovial encantando a todos. Tem um sonho no qual ela almoça com Maria e Jesus, que é uma das passagens mais lindas de suas experiências místicas.

Após seis anos na ordem, em 1894, almejando o caminho da santidade, Teresa percebe que não conseguiria pelas tradicionais mortificação, disciplina e sacrifício observadas pelos santos a quem se dedica a estudar. Inspirada nas palavras de um padre, Teresa adota a "Pequena Via", um caminho pequeno e reto para a santidade, que consiste simplesmente em se entregar ao amor de Jesus Cristo, para que Ele conduza pelo caminho.


Teresa já em estado avançado de enfermidade na varanda do claustro


Detalhe da foto, expressão serena e tranquila

Morreu em 30 de setembro de 1897, com apenas 24 anos. Disse, na manhã de sua morte: “eu não me arrependo de me ter abandonado ao amor”, e na iminência de sua morte disse às religiosas que estavam à sua volta: "Farei cair uma chuva de rosas sobre o mundo!". No dia 04 de outubro de 1897, foi sepultada no cemitério de Lisieux.


Cela de Santa Teresinha, local de sua morte


Morte de Teresa, inclinando a cabeça disse suas últimas palavras "meu Deus....... eu vos amo". Foi levada para a enfermaria em 1º de outubro


Corpo de Santa Teresinha em Lisieux


Teresa escreveu tres manuscritos: chamado Manuscrito A no ano de 1895, uma autobiografiaescrita a mando de sua irmã Paulina, madre Agnes, manuscrito B no ano 1897, e manuscrito C. Além disto escreveu um grande número de cartas enviadas à familia e das 54 poesias que compôs.

A sua irmã, Paulina, também carmelita, publicou em 1898 os escritos de Santa Teresinha, intitulados "História de uma alma". No dia 17 de maio de 1925, Teresinha foi canonizada peloPapa Pio XI. O mesmo Papa a declara Patrona Universal das Missões Católicas em 1927. OPapa João Paulo II a declara Doutora da Igreja no dia 19 de outubro de 1997.

Em carta tornada pública em 1º de outubro de 2007, o Papa Bento XVI recordou que "Teresa de Lisieux, sem haver saído de seu Carmelo, (…) viveu à sua maneira, um autêntico espírito missionário (…) oferecendo ao mundo uma nova via espiritual lhe obteve o título de Doutora da Igreja. Desde Pio XI até os nossos dias, os Papas não têm deixado de recordar os laços entre oração, caridade e ação na missão da Igreja."

O anuncio de sua morte provocou um imediato interesse mundial nela, ela começou a ser chamada a "Santa do Pequeno Caminho", rapidamente os ensinamentos e a devoção a “Pequena Flor do Carmelo” chega ao Brasil. Após seis anos de sua canonização, no ano de 1931 é criada em Miracema uma associação em honra a Santa Terezinha, talvez a primeira do Brasil. Desta Associação na década de 1990 é criada outra Associação para atender a Comunidade Santa Terezinha.

Neste ano a Associação Santa Terezinha da Matriz completa 80 anos. Aqui deixamos nossas homenagens a todas as Associadas e aos seus Diretores Espirituais que fizeram parte destes 80 anos de história e de muitas graças recebidas.


Fotos de Santa Terezinha

Santa Teresinha jovem


Santa Teresinha noviça


Santa Teresinha com um papel na mão que se encontra escrito: "Mil vidas eu daria para salvar uma só alma"

(Santa Teresa d'Ávila)


Santa teresinha em 1896 no pátio da sacristia do convento







Altar de Santa Teresinha - Igreja Matriz



Padre Luiz Carlos que deu início o construção da Igreja Santa Teresinha, bairro Santa Teresa,
e Monsenhor Mateus que concluiu as obras



Associação Santa Teresinha

Igreja Santa Terezinha - festa do ano de 1990


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Teresa_de_Lisieux

http://www.cademeusanto.com.br/santa_teresinha_do_menino_jesus.htm

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

RECEPÇÃO DE D. ROBERTO FRANCISCO EM MIRACEMA

Convidamos toda comunidade mirascemense para comparecer nesta quarta-feira, dia 21, às 18h em frente a Igreja Matriz para recebermos o nosso bispo diocesano, D. Roberto Francisco Ferrería Paz.

D. Roberto Francisco chegará a cidade às 18h desta quarta-feira, dia 21, onde será recebido na Praça das Mães pelas autoridades municipais, colégios, grupos e associações religiosas e o povo em geral, em seguida seguirá para a porta principal da Igreja Matriz onde irá receber as saudações de nosso clero. Às 18h30min. falará aos crismandos, e às 19h celebrará Santa Missa Solene da Crisma.

No dia 22, quinta-feira, às 18h30min falará aos crismandos, e às 19h celebrará Santa Missa Solene da Crisma na Igreja Matriz.

No dia 23, sexta-feira, novamente às 18h30min falará aos crismandos, e às 19h celebrará Santa Missa Solene da Crisma na Igreja Nossa Senhora Aparecida, Paróquia Nossa Senhora Aparecida.

Vale ressaltar que esta é a primeira vez que recebemos a visita do Sr. Bispo D. Roberto Francisco Ferrería Paz em Miracema.

sábado, 10 de setembro de 2011

MENSAGEM DO SR. BISPO À REGIÃO NOROESTE FLUMINENSE

MENSAGEM DO SR. BISPO ÀS COMUNIDADES DA REGIÃO NOROESTE
08/09/2011

Me sinto muito motivado para conhecer, contatar, encontrar e fundamentalmente escutar a Igreja diocesana da região noroeste.

Sei que é uma parcela do povo de Deus muito dinâmica e atuante, com pastorais diversificadas e ministérios laicais numerosos. Também, me estimula apreciar a cultura e a arte sacra local, a beleza e o contributo iconográfico das Igrejas da região junto a paisagem e a sua vocação produtiva.

Serão momentos de comunhão e alegria profundas para integrar esta região ao processo de planejamento e recepção das novas diretrizes pastorais a nível nacional e local.

Na espera do encontro tão desejado, na caridde fraterna.

+DOM ROBERTO FRANCISCO FERRERIA PAZ

Bispo Diocesano de Campos

A VOZ DO PASTOR

MENSAGEM PARA O DIA DOS CATEQUISTAS

08/09/2011

No mês dedicado a reavivar em nós o sentido vocacional da nossa vida, juntamente com a vocação e a missão dos fiéis leigos celebramos a vocação e ministério dos /das catequistas.

É urgente e necessário caminhar juntos na compreensão e vivência deste indispensável serviço e ministério à Palavra de Deus e a comunidade de fé.

Ser catequista hoje é ser um discípulo formador de verdadeiros cristãos, facilitando e ajudando na inserção e na iniciação dos catecúmenos e chamados ao discipulado a pertencerem e incorporar-se plenamente a comunidade eclesial, tornando-se estes por sua vez também em autênticos discípulos missionários.

Por isso a opção clara, decidida, e consciente da Terceira Semana Brasileira de Catequese por uma catequese de estilo catecumenal e discipular almejando a construção de uma Igreja que seja casa de iniciação à vida cristã e lugar de animação bíblica de toda a vida e da pastoral.

Unidos na comunhão e na oração a este singular e destacado Encontro Diocesano de Catequistas, comunico com alegria a minha benção episcopal, Deus ilumine e encoraje a todos/as.

+ Dom Roberto Francisco Ferrería Paz

Bispo Diocesano de Campos

Campos, 21 de agosto de 2011